É um vício. Você assiste ao primeiro episódio e quando se dá conta, o pescoço está torto porque você já viu toda a primeira temporada e já está louca querendo baixar a segunda, a terceira e a quarta na Internet. Conversando com a Lenny Niemeyer, descobri que ela também não resiste. Deu várias dicas, entre elas, "Mr. Selfridge", que já pode ser vista no Netflix, e "Tyrant" (baixei a primeira temporada), que estreia em outubro no FX. Vale a pena ver "Masters of sex" e "Outlander" também. A variedade é tanta que cada um tem a sua preferida. 

1. Masters of sex

Tudo o que você queria saber sobre sexo e nunca teve oportunidade de perguntar ao Dr. William Masters e a Virginia Johnson, autores de uma das maiores pesquisas sobre a vida sexual nos anos 50, está nessa série. O mundo do sexo nos anos 50 é revelado em "Masters of sex", baseada no Livro "Masters of sex, The life and times of William Masters and Virginia Johnson", de Thomas Maier. Nos episódios, as descobertas polêmicas sobre a sexualidade humana através de dois pesquisadores, o médico William, vivido por Michael Sheen, e sua assistente Virginia, interpretada por Lizzy Caplan.

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Na vida real, o casal liderou um grupo de pesquisa a partir de 1957 na Washington University, em Saint Louis, Missouri, fazendo revelações polêmicas a partir da observação direta de 382 mulheres e 312 homens. Seus estudos contribuíram para acabar com mitos e ideias erradas sobre o orgasmo feminino.

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O figurino foi assinado por Ane Crabtree, conhecida por "Pan Am" e "Familia Soprano". Com a história se passando em 1958, no Centro Oeste dos Estados Unidos, a figurinista utilizou como referência os anos anteriores já que na época as tendências demoravam para chegar nessa região. Livros de arte e revistas de moda como a "Harper’s Bazaar" também serviram de pesquisa para a criação.

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Ane faz um interessante contraste entre o conteúdo sexual dos diálogos e os looks bem comportados. “Não estamos falando sobre sexo de uma forma qualquer e sim de maneira científica. Sim, é erótico, mas por outro lado é incrivelmente engraçado e esquisito. Pensei que teria que ter algum humor nas roupas. Além de um conflito e um equilíbrio em cada look”, explicou.

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2.Tyrant

É cheio de clichês mas não consigo parar de ver. "Tyrant" é uma viagem aos delírios tirânicos de Jamal Al-Fayeed, todo poderoso de um país no Oriente Médio, vivido pelo ator israelense Ashraf Barhom. Ele estupra a nora no dia do casamento, pendura o sogro e usa o pobre senhor como alvo, quando este resolve reclamar sobre o que aconteceu com a filha, e quando está sozinho, é obcecado pelo video que mostra a violenta morte de Muammar Khadafi. 

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Um dos responsáveis pela série é Gideon Raff, da equipe de produção de "Homeland". A história acontece em torno do relacionamento de dois irmãos. Jamal (perverso e lunático) e Bassam, interpretado por Adam Rayner, um pediatra, que mora nos Estados Unidos e há 20 anos fugiu de seu país para escapar da guerra e do pai que ele considera responsável por inúmeras atrocidades. Ao voltar, junto com a família, à terra natal para o casamento do sobrinho, é literalmente atropelado por sua raízes, tentando em vão fazer do irmão, sucessor do pai, um déspota esclarecido.

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O mais engraçado da série é o fato das personagens passarem o tempo todo vestidas em longos de gala deslumbrantes, entre elas, Leila Al-Fayeed, mulher de Jamal, interpretada pela atriz israelense Moran Atias. 

3. Mr. Selfridge

Com a Londres de 1909 de pano de fundo, a série Mr.Selfridge retrata a chegada de Harry Gordon Selfridge à famosa Oxford Street com a missão de fazer o consumo sair do restrito círculo da aristocracia britânica e conquistar as ruas, fundando nada mais nada menos do que a loja de departamentos Selfridge. Quem dá vida ao empreendedor extravagante é Jeremy Piven, ganhador de três Emmys.

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A dimensão da loja não foi o que a tornou tão marcante e sim a maneira de seduzir o consumidor. A grande habilidade de Harry foi a capacidade de bolar campanhas de publicidade envolvendo os heróis da época, entre eles, o francês Louis Blériot, que ficou conhecido por cruzar o Canal da Mancha em 1909 de avião. Além de Blériot, a bailarina Anna Pavlova também deu autógrafos na loja.

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A produção foi baseada no livro "Shopping, seduction & Mr. Selfridge" por Lindy Woodhead. No livro é descrito em detalhes como Harry fazia suas campanhas, usando muitas fotos reais, o que acabou ajudando o trabalho do figurinista James Keast. “Meu ponto de partida foi o livro, mas quando você se toca de que não está vestindo o verdadeiro e sim um ator e que a sua performance não é uma cópia carbono do Mr. Selfridge, você começa a a trabalhar o que vai ficar realmente bom nele, ajudando assim a contar a história. O verdadeiro Harry era muito formal, sempre usava casacos diferentes para o dia e para a noite. Eu o fiz desse jeito, mas ocasionalmente dei um ar leve ao personagem para não parecer tão rígido”, contou o figurinista.

Nas personagens femininas o figurinista se concentrou nos detalhes para mostrar as diferenças de classes. “O uso da flor e do bordado e obviamente do tecido sugere uma posição. Usei seda e cetim nas ricas e lã, algodão nas outras”, contou James. 
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 4. Outlander

A série de livros Outlander acaba de chegar à televisão. Escrita por Diana Gabaldon, ela conta a história de amor entre o guerreiro escocês Jamie Fraser, vivido por Sam Heughan, e a enfermeira casada Claire Randall, interpretada por Caitriona Balfe. A jornada do casal não é como a de qualquer outro já que ela está em combate na Segunda Guerra Mundial e acaba viajando no tempo para o ano de 1743 na Escócia onde conhece Jamie e fica dividida entre dois homens diferentes em duas vidas.

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O figurino foi assinado por Terry Dresbach, que é casada com o produtor executivo da série Ronald D.Moore. A vestimenta escocesa foi mantida sem alterações assim como os cabelos usados na época. Para Caitriona, o maior desafio foi a caracterização da sua personagem. “Tive que fazer permanente no meu cabelo por causa dos fios encaracolados. Além disso, o figurino é muito pesado, com vestidos de lã muito grossa, quase o equivalente a um casaco grande.

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Para recriar de maneira fiel cada peça, a figurinista teve que voltar aos materiais originais da época. O efeito de tartan e as cores foram feitos com frutas como o blueberry e o blackberry. “Diferentes clãs não mudam o seu jeito de produzir suas cores. Eles só usam plantas que existem ao redor deles e o resultado da roupa acaba combinando com a paisagem”, contou.

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