O balé de Amy Purdy na abertura das Paralimpíadas lavou a alma de quem não gostou da campanha "Somos todos paralímpicos", feita pela agência África e publicada na revista "Vogue". A imagem da snowboarder americana rodopiando com leveza sobre duas próteses e rompendo seus limites físicos lembra momentos em que arte e moda se uniram para libertar o corpo de sua prisão. Entre eles, o famoso editorial com a campeã de atletismo Aimee Mullins, feito pelo fotógrafo Nick Knight para a revista Dazed and Confused em 1998.

Usando próteses de madeira, esculpidas por Alexander McQueen, responsável pela direção de arte das fotos, Aimee Mullins aparece nesse editorial despenteada, lembrando uma boneca vitoriana. Nasceu em Allentown, Pensilvânia, com um problema raro na formação óssea das pernas, que foram amputadas logo abaixo do joelho quando ela tinha um ano.

Em 1996, nas Paralimpíadas de Atlanta, quebrou o recorde nas modalidades de 100, 200m e salto a distância. Mullins desfilou para McQueen com próteses de madeira.


Musa de Mathew Barney, atuou em Cremaster 3, considerado uma das obras-primas do cinema e apresentado pela primeira vez em 2003.


No filme, ela surge como um ser híbrido, como uma sereia felina, ao mesmo tempo frágil e assustadora.