Rapazes longilíneos e descalços caminhando em protesto silencioso na passarela fizeram a plateia do desfile de estreia de Graig Green chorar em junho do ano passado. Recentemente, na coleção de inverno 2015, Green apresentou a mesma pureza de linhas. Com vocês o novo talento que emociona a moda.


Graig Green formou-se na Central Saint Martins, sob a orientação da famosa Louise Wilson, que morreu em maio do ano passado. Entrou para a escola achando que seria escultor ou pintor e começou por acaso a cursar moda feminina. "Mas tudo o que eu criava para a mulher não era definitivamente bom. Sou meio desengonçado", afirma o estilista, que nasceu na Inglaterra e foi criado em Londres.

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O video do desfile de verão que emocionou a plateia:



Craig resolveu dedicar-se à moda masculina mas, segundo ele, sua coleção de formatura também saiu desengonçada. "Na época eu me inspirei em roupas religiosas e segui uma construção minimalista", conta. Usou como referências o filme de John Wyndham, "The Midwich Cuckoos" (1957), e vem dessa época sua obsessão por uniformes. "Algumas vezes o uniforme é opressor mas também dá a quem usa uma sensação de pertencer a uma comunidade, a um grupo", reflete.

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O video do inverno 2015:

Em seu desfile do inverno 2015 Green mostrou a mesma pureza em clima zen, mantendo-se fiel às suas primeiras inspirações no uniforme. Em azul marinho, branco, verde e vermelho, os modelos continuaram descalços. Detalhes vazados nas camisas e leves sobreposições em camadas brincaram com a ideia de controle e relaxamento. Ave rara no cenário da moda, o estilista sabe como ninguém ser artístico e comercial ao mesmo tempo. Vale a pena ler uma conversa dele com Walter Van Beirendonck na revista "Dazed" lembrando os tempos em que estiveram juntos na escola de Antuérpia.

 

 

 

 

 

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