A 36ª Casa dos Criadores aconteceu durante os dias 27 e 30 e mostrou as apostas dos estilistas independentes para o Inverno 2015. Entre os destaques estão o sportwear étnico de Jadson Raniere, o underground divertido de Danilo Costa, a moda sentimental de Fernando Cozendey, o oxigênio em forma de roupa de Diego Favaro, o mix de texturas de Karin Feller, o quimono glamuroso de Gefferson Villa Nova e por fim a despedida no clima das bonecas de Walério Araújo.

Sportwear étnico

Jadson Raniere apostou no shape esportivo com toque étnico. Blusas e calças estilo jogging de couro foram mescladas a transparências e tricô. Apesar de trazer o guarda-roupa masculino, a introdução de peças esvoaçantes deu o toque feminino que faltava.

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Underground divertido

Danilo Costa brincou com as referências infantis e colocou na passarela ursos, pizzas e donuts. As imagens divertidas apareciam em shapes oversized estilo camisolões, vestidos curtos e justos para as meninas e em estampas corridas em calças, que junto com camisas, lembravam pijamas. O humor parecia o de Jeremy Scott e seus desfiles fora dos padrões.

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Moda sentimental

Com uma coleção baseada no que é ser diferente, Fernando Cozendey trouxe para a passarela alguns estereótipos como negras, travestis, plus size e nordestinos. Tudo isso para exaltar as diferenças e mostrar através de suas roupas seu sentimento. Os desenhos feitos em lycra começaram em clima triste, seguiram por modelagens femininas com saias rodadas para ressurgiram na imagem da fênix. O estilista continua sua experimentação com mistura de materiais como lycra, tule e vinil. Além disso, destaque para a cor vermelha que representava as lágrimas de sangue.

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Oxigênio na moda

Com uma moda conceitual, Diego Favaro brincou com a inspiração em oxigênio e mutações causadas pela sua falta. Destaque para a forma como o estilista representou algo intangível em terceira dimensão no corpo. Ponto alto: as sobreposições formando diferentes desenhos.

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3 em 1

O mix de texturas feito por Karin Feller traz desde a seda, passando pelo tricô até encontrar os fios das franjas. E a mistura não pára por ai já que as estampas se encontravam em looks totais geométricos evocando um étnico moderno.

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Do quimono ao glam

Gefferson Vilanova desconstruiu o quimono e o reconstruiu com tecidos nobres de festa. Resultado: peças únicas com cara esportiva, mas com um toque chique. Além disso, o tênis, tão em alta no momento, foi o calçado eleito.

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Bonequinhas na passarela

Em seu último desfile na Casa dos criadores – o estilista também não irá migrar para a SPFW – Walério Araújo foi mais contido e evitou polêmica na passarela. Voltando às origens, buscou nas suas bonecas de pano a inspiração para o Inverno 2015. Estampas sessentinhas, shapes girlies, babados, boca em forma de coração e uma peruca igual a da Emília deram ar feminino às roupas. Nos tecidos a leveza da seda foi quebrada pelo couro ora liso, ora estampado. Tons pastéis de bala combinados ao caramelo, ao preto e cinza coloriram o universo do estilista. 

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