Um vestido de Paula Raia tem o toque de 15 costureiras e artesãs. Em casa, na Rua Nicaragua, bairro sofisticado de São Paulo, aconteceu o desfile de seu traballhado verão 2016.
Redes de pesca feitas com pescadores, telas, cordas inspiradas na sensual arte shibari japonesa das amarrações, plissados em fibras naturais, tramas que lembram esponjas do mar.
A mulher de Paula começou a surgir na névoa espessa que une mar e céu e nas mãos das artesãs. Cada uma, segundo Paula, com sua especialidade, foi criando diferentes formas numa mesma roupa.
O backstage foi armado na garagem, onde a equipe de Ricardo dos Anjos caprichou nas tranças. Baixela de prata com café quentinho, bolos e sanduíches acolhendo imprensa, modelos e toda a equipe
Longos vestidos misturando formas e texturas desfilaram em tons de areia com um jardim verdadeiro como cenografia de fundo.
Na pureza dos tons crus, a coleção evolui em volumes, transparências e fluidez, sutilmente lembrando na arte têxtil das costureiras o universo do fundo do mar.
