Em clima de parque de diversão com direito a pipoca, maçã do amor e algodão doce entre bolas coloridas e um cenário de barraquinhas, Versace desfilou sua coleção para a Riachuelo, no Pavilhão das Culturas Brasileiras, no Parque do Ibirapuera. As roupas começarão a ser vendidas a partir de amanhã. Quando as cortinas que protegiam a passarela abriram, revelaram um autopista com carrinhos em movimento, dirigidos por belos rapazes de marinheiro levando a bordo as modelos. O desfile acabou e a plateia, em delírio, se deslocou para comprar os modelos à venda numa enorme loja, onde um anúncio luminoso hipnotizava com a palavra Open. Foi quando Donatella me pegou distraída.


Donatella Versace. Foto: Gabriela Bittencourt

Cheguei a pensar em comprar uma bolsa. Quase me deixei levar pelo impulso, principalmente quando soube que uma blusa estava na faixa de cento e poucos reais. Diante da multidão frenética vasculhando as araras, perdi o ânimo. Deixei para trás as blusas em prints de conchas e estrelas do mar, os vestidos longos fendados, as sandálias fatais de saltos altíssimos.

O desfile no Ibirapuera

Quando me preparava para sair, de repente, ao olhar para trás, dei de cara com ela. Louríssima, vestido roxo colado, magérrima. Seus lábios enormes sorriram e eu, paralisada, retribuí. Antes que pudesse entender alguma coisa fui atropelada por um bando de fotógrafos com sede de Donatella. 

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Engraçada, brincando com a multidão de celulares que se erguiam para fotografá-la, Donatella Versace passeou pelo salão, fazendo todo o tipo de poses num gigantesco selfie coletivo.  

 

 

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