Uma luz agradavelmente quente, feita por Maneco Quinderé, envolveu o público no desfile de Lenny Niemeyer, dirigido por Zee Nunes e Bill Macintyre com styling de Daniel Ueda. Junto com a suavidade da trilha sonora de Dudu Garcia e Pedro Igel, embarcamos para o Japão. Através das estampas, visitamos as casas japonesas, voamos com as garças em fundo degradê vermelho ou azul, mergulhamos nos bordados artesanais dos tigres e das carpas e nos emocionamos com as amarrações incríveis da arte Shibari transportada para os maiôs.

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Incrível a modelagem (Elaine Biscaia, Lucia Rodrigues e Luiz Camillo) dos quimonos traduzida para os biquínis. Objeto do desejo: os quimonos de gueixa transformados em vestidos.

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Luis Ferraz falou sobre a arte do Shibari, técnica de amarração japonesa utilizada pelos samurais para imobilizar prisioneiros. "O tipo de amarração demonstrava o crime cometido e de onde o indivíduo era", contou Luis. "Essa técnica usa uma outra arte marcial japonesa chamada hojuojutsu, que imobiliza pelas costas."
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"Com o tempo, a amarração foi se erotizando no Japão. Começaram a surgir caricaturas, foram feitos teatros e com a segunda grande guerra isso chegou ao Ocidente e acabou se fundindo com o sadomasoquismo. Com o passar dos anos, essa técnica se dividiu em duas vertentes, a erótica e a artística. No Shibari tradicional, usamos cordas de juta, cada uma de 7 a 8 metros. São várias cordas que vão se unindo para fazer o desenho nas modelos. No caso da Lenny, usamos o conceito do Shibari nas roupas".

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Fotos: Marcelo Soubhia/Agência Fotosite

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