Vikings, amazonas e até a Maria, do conto João e Maria, dos Irmãos Grimm. Neste inverno 2015, que começa a ser lançado na São Paulo Fashion Week, no Parque Cândido Portinari, a mulher é antes de tudo forte e sofisticada. Vamos usar muita assimetria, recorte, couro, franjas e plissados numa estação marcada pela nobreza dos materiais trabalhados em estampas e bordados. Bruno Gagliasso desfilou na Cavalera num primeiro dia movimentado por Marina Ruy Barbosa na Animale, Tainá Muller, Leticia Spiller e várias celebridades na primeira fila.


A mulher da Animale viajou a Istambul, à Ásia Central na rota da seda e amadureceu. Nas mãos de Vitorino Campos ganhou sofisticação ainda maior numa coleção montada, segundo o estilista, organicamente nas cores do deserto. Beges, areias, damascos e índigos tingiram uma silhueta alongada em sobreposições. O clima nômade não pesou e a viajante de Vitorino desfilou em sedas, matéria-prima chave da coleção.

"Desenvolvemos alguns tecidos suíços com acabamentos artesanais, lãs e veludos", contou o estilista, um mestre na dublagem de texturas, que colocou aplicações de plástico por dentro da roupa. "Para dar maior velocidade", explicou. "São peças extremamente elaboradas, feitas totalmente à mão, que levaram em torno de seis dias para ficar prontas", disse Vitorino, que fez da camisa branca longa fendada ou curta, uma de suas peças de apoio. Destaque para o vestido rota, onde o zíper faz o contorno do corpo. 

Preferido de Marina Ruy Barbosa: o trench coat azul marinho.

Peças-chaves: a saia nó, o vestido nó, a camisa branca longa ou curta, o vestido em guipure de bolas de veludo de seda com plástico, a assimetria, a bota curta, a sandália mule, acessórios de prata e a carteira de pelo de cabra da Mongólia. 

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Minimalismo com arte. A parceria de 10 anos de Raquel Davidowicz e Geová Rodriguez resultou numa silhueta nova, alongada, dinamizada por recortes, amarrações e assimetrias. O despojamento urbano e o conforto, tão característicos da UMA, foram aquecidos pelos bordados de Geová. Cores primitivas como gesso, argila, pedra, cimento e preto com o toque do tangerina e os tons vegetais, como oliva e eucalipto. Nos pés, o icônico tênis Onitsuka Tiger e botas. Na trilha sonora ao vivo, a banda Ted Marengos, que esse ano lançou o disco Firstprints. Vale a pena ouvir.

Peças-chaves: tops com recortes, assimetrias e bordados, camisas estampadas ou transpassadas, calças retas com sobreposição de saia, tubos decorados, parkas e mateaux, blazer com amarração nas costas, tricôs em maxipulls bordados, cashmere, ankle boots  

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Conhecido  pelas estampas e pelos vestidos de festa, Victor deu uma virada na marca, desfilando uma coleção de corte impecável, inspirada no cavalo da raça Mangalarga Marchador. Em clima equestre, seu desafio foi traduzir isso para uma mulher urbana e sofisticada. Com poucos vestidos, sua marca registrada, trouxe como hit dessa coleção as saias plissadas em couro (o máximo!), as franjas e as sobreposições. Victor apostou nos efeitos bicolores em tons de marrom e tijolo, com acessórios inspirados nas ferragens de selaria dos animais. 

Peças-chaves: saias plissadas com foco na cintura, ponchos franjados, argolas, calças justas sob saia, escarpim bico fino, chapéus

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Eduardo Pombal se inspirou no filme "Como Treinar seu Dragão" e no seriado "Vikings" para criar na passarela sua Walkiria do século XXI. Apostando na mulher guerreira com personalidade forte, a coleção vem em tons escuros, com o preto dominando. Azul marinho, verde floresta, café e vinho completam a cartela. Crepes de lã, tweeds, jacquard encerado moldam as roupas, onde o cuidado artesanal é absoluto.

"Uma das novidades", explica Eduardo, craque nas texturas, "é a musseline de metal, o fio metalizado tecido em base de seda preta". Brilhos, paetês rústicos, cristais Preciosa e maxipaetês dão um efeito armadura à guerreira. O desfile teve direção de Tuy Furtado, styling de Flavia Lafer e beleza de Daniel Hernandez.

Peças-chaves: saias evasês, couro recortado moldando decotes e detalhes, cintos, calças justas, amarrações nas botas longas.

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Estampas celtas decorando uma PatBo forte e ágil, Patricia Bonaldi estreou na São Paulo Fashion Week com um inverno marcado pelo corte impecável. Sua alfaiataria enriquecida pelos bordados, inovou no tweed e surgiu rejuvenescida pelo moleton bordado. Em preto, cinza, vermelho, bege, azul e mostarda, a estilista mostrou porque é a preferida das jovens estrelas.

Preferido de Mariana Rios: o vestido com blazer bordado em rosa

Preferido de Giovana Ewbank: pantalona com trench em vermelho e preto

Peças-chaves: o vestido, a pantalona, o trench, os bordados

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A hisitória de João e Maria, dos Irmãos Grimm, foi contada pela  Cavalera com Bruno Gagliasso na passarela interpretando João. O ator gostou tanto do casaco que ganhou de presente. O xadrez dominou a coleção, que teve uma bela seleção de tecidos feita por Alberto Hiar, dono da marca, trazidos de 15 países diferentes, entre eles, Turquia e Itália. Vestidos diáfanos quase transparentes, estampa de floresta nos looks femininos, golas de pele marcaram uma estação romântica, pontuada pelo jeans.

Preferidos de Letícia Spiller: todos os vestidos esvoaçantes, principalmente o laranja e o preto estampado
Preferidos de Tainá Muller: o vestido preto plissado bem rocker
Peças-chaves: o vestido com detalhes em xadrez, casacos xadrez com gola de pele para os homens, a calça jeans, a bota

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