Era uma vez uma moça que desenhava bonecas e bordava roupas com paixão... Até que um dia fez uma jaqueta mágica que a levou pelo mundo para muitos países. O nome dela é Isabela Capeto. 

Na época dessa entrevista (março de 2022) Isabela havia lançado sua coleção Solar. Na ocasião recebeu também o prêmio Best in Show 2022, promovido pela Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmicas e Louças (Anfacer) na categoria “melhor pastilha” pelos revestimentos que criou para a Ceusa. Assista abaixo à live, com histórias inspiradoras sobre o processo criativo de Isabela.

Quando conheci Isabela, me apaixonei pela jaqueta e pelas bonecas que ela desenhava.
No ateliê recém-aberto, início da década de 2000, ela recebia as clientes com deliciosos sanduíches fininhos, entre pingentes de corações flechados e saias bordadas com olhos inspirados em Santa Luzia.
Em 2003, ela ilustrou a capa do especial de outono/inverno do caderno ELA, do jornal O Globo.


Olha o sorriso da Isabela quando sua famosa jaqueta começou a vender na loja Browns, de Londres.

Nunca mais esqueci a estreia da marca na São Paulo Fashion Week. Um desfile do verão 2005 inspirado na África do fotógrafo Seydou Keita.

Em janeiro de 2006 Isabela Capeto convidou a artista Gabriela Machado para fazer uma instalação com rolos de papel higiênico, que contrastaram com o colorido da coleção.

Isabela é guerreira. Recomprou sua marca, deu a volta por cima depois de um incêndio que destruiu uma parte de seu acervo. Sua bonequinha é estrela em colaborações de sucesso com a Melissa, junto com a filha Francisca, e mais recentemente com o Pão de Açúcar, para onde fez lindas ecobags. Dentro delas, uma homenagem a Edna Miranda Marques, costureira que adorava ecobags e que morreu de Covid.

Através de uma de suas coleções mais recentes, soube que existiam as PANCs, Plantas Alimentícias não convencionais, muitas vezes descartadas e não valorizadas.

Plantinhas que viraram estampas, bordados e rebordados nas mãos de Isabela.