Quer dar uma guinada na modelagem?

Nos anos 80 e 90 seis alunos da Academia Real de Belas Artes de Antuérpia, na Bélgica, tomaram o poder do estilo mundial e até hoje influenciam quem está começando a criar.


demeulemeesterdentro2017parisAnn Demeulemeester, Dries Van Noten, que desfila até hoje, Walter Van Beirendonck, com suas coleções masculinas super provocadoras, Marina Yee, pioneira em levar tecidos reciclados para a passarela, Dirk Bikkembergs e Dirk Van Saene. Eles são conhecidos como os seis de Antuérpia e continuam revolucionando a cultura de moda.

driesvannoteninverno2021Eles abalaram as estruturas da roupa em efeitos rasgados com mangas, cinturas e ombros fora do lugar num estilo que foi chamado de destroy. Na verdade, em vez de destruir esse estilo começava a construir a moda ética e sustentável que desejamos agora. Já nos anos 80 eles investiam em coleções reduzidas, peças feitas a mão e em tecidos reciclados.

MontagemAgora querem ver um exemplo de como a cultura de moda inspira e ajuda a vender? Os belgas serviram de inspiração para a Forum. De olho no estilo Destroy dos belgas, Tufi Duek, dono da marca na ocasião, promoveu a chegada da moda Destroy no Rio com um super desfile no Copacabana Palace. Seu objetivo? Marcar de forma inesquecível a abertura da primeira loja Forum na cidade. 

matériaNa contramão do sol e da garota de Ipanema, entrou em cena a garota de Antuérpia, maquiada com olheiras enormes, num look com rasgados e desfiados estratégicos. Uma beleza rebelde e soturna que provocou a maior polêmica. O dono da marca na época Tufi Duek foi super ousado e usou como passarela três salões do hotel. Depois do desfile, uma festa de arromba, com garçons vestidos de monges, comemorou a chegada desse destroy tropical.

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