Em 24 de abril de 2013, 1.133 pessoas morreram e mais de 2.500 ficaram feridas no desabamento da fábrica Rana Plaza em Dhaka, Bangladesh. Por causa da tragédia surgiu em Londres o Fashion Revolution: todo dia 24 de abril em 60 países milhares de pessoas vestem sua roupa do avesso e questionam: "Quem faz sua roupa?". 


Além de lutar por melhores condições de trabalho, a organização também discute formas de estimular um consumo responsável na moda com a reciclagem, a reutilização e a desaceleração da compra. 
Carry Somers e Orsola de Castro são as duas cabeças por trás de todo o movimento. Carry é fundadora do Pachacuti, marca de moda dentro dos moldes do Fair Trade (organização social que ajuda produtores a promover melhores condições de troca e sustentabilidade).

Orsola é pioneira no upcycling, que prevê a utilização de materiais descartados na construção de novos produtos. Além de ter sua própria marca de moda, feita com a reutilização de sobras de tecidos, a "From Somewhere", Orsola é a criadora, junto com Filippo Ricci, da "Reclaim to wear". A empresa dá consultoria de sustentabilidade para marcas de moda como a Topshop, Asos, Speedo e H&M.

Muitas são as formas de colaborar para um consumo consciente. Desde saber a procedência da roupa que você está vestindo, preferir peças com qualidade às do fast fashion, até a forma correta de descarte. Um dos jeitos encontrados pelo Fashion Revolution para chamar atenção para esse assunto foi vestir a sua roupa do avesso, mostrando a etiqueta e cobrando a procedência do produto. A ação movimentou milhões de pessoas nas redes sociais esse ano com a hashtag #insideout, chegando a ficar em primeiro lugar no twitter mundial.

"Recebemos a adesão de gente do mundo moda, consumidores, celebridades e mídia querendo marcar a ocasião e assim revolucionar a indústria. É uma boa oportunidade para recuperar a conexão com as pessoas que fazem as nossas roupas", diz Carry.

fashion-revolution-day

No Brasil o movimento ganha força com diversas marcas apostando na sustentabilidade como princípio. Além de desmitificarem o conceito de que uma peça sustentável não tem estética, eles reafirmam, com suas experiências, que é possível fazer moda consciente. Entre alguns deles estão Gabriela Mazepa e Debora Nardello, com o upcycling de tecidos, a MESCLA, de Lucas Arcoverde, com o uso de materiais orgânicos e fibras recicladas, e a Vuelo, com a reciclagem de câmaras de pneus.

sustentave-produto

 

Back To Top